Pecuária sustentável do Pantanal busca selo de Indicação Geográfica

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Foi promovida, na última segunda-feira (20), uma reunião para formação do conselho regulador para a carne sustentável do Pantanal. Trata-se de um grupo de trabalho que acaba de ser criado a fim de conquistar a certificação de Indicação Geográfica (IG). O registro é conferido a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem, o que lhes atribui identidade própria e valor agregado no mercado nacional e internacional. 

Em todo o Mato Grosso do Sul, apenas dois produtos já conquistaram o selo de Indicação Geográfica: a Linguiça de Maracaju e o Mel do Pantanal. Com o grupo de trabalho recém-criado a expectativa é que a carne sustentável pantaneira possa fazer parte dessa seleta lista de certificação e que os produtores do estado vizinho, Mato Grosso, também participem do processo. O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) é a instituição que concede o registro legal de IG no Brasil. 

O selo de Indicação Geográfica vai ao encontro dos valores do Programa Corredor Azul (PCA), da Wetlands International Brasil, que visa promover ações de fomento à conservação e produção sustentável dentro do bioma pantaneiro. O que explica o porquê de a instituição fazer parte do grupo de trabalho. 

Na oportunidade da ocasião, a diretora executiva da Wetlands International Brasil, Rafaela Nicola, assinou um Acordo de Cooperação junto ao presidente da ABPO (Associação Brasileira de Pecuária Orgânica), Eduardo Cruzetta, com o objetivo de  formalizar o apoio entre as entidades para fortalecer o processo da criação do selo de indicação geográfica 

“Esperamos que a Indicação Geográfica traga benefícios ao bioma e a população pantaneira. Enquanto Wetlands International, somos membros da Movimenta Pantanal e trabalhamos componentes referentes à economia e à sustentabilidade dentro do Programa Corredor Azul. Agora, com a entrada da ABPO à Movimenta, esperamos que o trabalho ganhe ainda mais força em termos de garantir políticas públicas em prol do bioma”, disse Rafaela Nicola. 

“A ideia é estruturar uma agenda que consiga garantir esse registro o mais rápido possível, claro, obedecendo os trâmites que temos que seguir”, ponderou Eduardo Cruzetta.   

Como facilitadora do Acordo de Cooperação entre as duas instituições, o presidente da  Agência de Desenvolvimento Regional Movimenta Pantanal, Alan Striquer, destaca a importância do momento. “É uma satisfação fazer parte desse momento muito importante de incentivo a pecuária sustentável. Além de que é uma alegria termos a ABPO e a Wetlands International como membros na nossa agência. A primeira por ter esse diferencial na cadeia produtiva e a segunda como uma grande fomentadora desse bioma fantástico que é o Pantanal”.  

Também estiveram presentes na reunião Silvio Balduíno, da ABPO; Áurea Garcia, Julio Fernandes e Maria Fernanda Campelo, da Wetlands International Brasil; Tito Estanqueiro, Isabella Montello e Kátia Muller, do Sebrae; Jussara Pael, do Sicadems; Marivaldo Miranda, da Semagro; Loisa Mavigner, da ABPO; Márcio Menegazzo, do MAPA, além de outras autoridades.