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Na COP26, onde ficam as áreas úmidas?

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  • Ríos y lagos

O mundo observa a chegada dos delegados a UNFCCC COP26, em Glasgow, mostrando comprometimento com o Acordo de Paris, de manter as temperaturas globais abaixo de 1,5°C – o que precisa incluir a proteção e a reabilitação de paisagens naturais para capturar e armazenar as emissões de carbono – onde ficam as áreas úmidas?

Os formuladores de políticas estão focados na conservação e restauração das florestas para absorção de carbono e assim, a mitigação das mudanças climáticas, ainda que o sumidouro de carbono número um, um poderoso mitigador dos impactos das mudanças climáticas, sejam as áreas úmidas, que continuam a ser ignoradas nos planos de ação climática. É necessário que as áreas úmidas façam parte dos NDCs dos países e que sejam incluídas em quaisquer discussões que se relacionem ao financiamento do clima.

“É surpreendente para mim que, embora a ciência demonstre claramente que as áreas úmidas são os melhores sumidouros de carbono, que protegem bilhões de vidas das tempestades e secas exacerbadas pelas mudanças climáticas, eles ainda não são centrais para as discussões políticas sobre como lidar com a crise climática. As áreas úmidas – incluindo águas doces, manguezais e turfeiras – fornecem uma oportunidade coletiva para o setor público e privado acertarem as contas em termos de manter o aquecimento global abaixo de 1,5 ° C, enquanto adicionam resiliência às pessoas mais afetadas e menos responsáveis pela crise climática. No entanto, estamos perdendo as áreas úmidas silenciosamente e mais rapidamente do que qualquer outro ecossistema, resultando em impactos prejudiciais para as pessoas e para a natureza”, declara Jane Madgwick, CEO da Wetlands International.

“Precisamos proteger nossas águas e as áreas úmidas urgentemente, dentro de uma abordagem globalmente unificada que compartilhe conhecimento e recursos e possibilite investimentos alinhados com instituições e comunidades locais, que sabem como proteger e restaurar essas áreas incrivelmente importantes e biodiversas, pois são a nossa última e melhor defesa natural contra as mudanças climáticas.”

Principais fatos sobre áreas úmidas em relação à COP26:

  • As áreas úmidas mantêm alguns dos maiores estoques de carbono do planeta, mas se perturbadas ou drenadas, elas liberam dióxido de carbono, metano e óxido nitroso. [1]
  • 5% das emissões globais vêm apenas da drenagem e conversão de turfeiras. [2]
  • Um hectare típico de mangue contém mais de mil toneladas de carbono, até cinco vezes mais do que a mesma área de floresta tropical. [3]
  • Os manguezais são os sistemas de captura e armazenamento de carbono mais eficientes do planeta. Atualmente, eles armazenam carbono equivalente a mais de 21 bilhões de toneladas de CO2. [3]
  • O IPCC descreve a conservação de ecossistemas com alto teor de carbono, como pântanos, incluindo turfeiras e manguezais, como opções de resposta de mitigação com altos impactos. [4]
  • Os benefícios da adaptação ao clima das áreas úmidas também são significativos, desde a mitigação de enchentes e prevenção da erosão resultante de eventos extremos de chuva, até o controle da salinidade, conservação da biodiversidade e muito mais. [5]
  • As pessoas pobres e mais vulneráveis dependem desproporcionalmente de áreas úmidas saudáveis. [6]
  • O cumprimento das metas de biodiversidade, ODS e compromissos climáticos estão fortemente inter-relacionados, o que fornece uma oportunidade globalmente unificada de abordar fatores comuns para uma resposta integral a ambos os desafios. [6]

A Wetlands International está trazendo evidências concretas para a COP26, com base em décadas de experiência e extenso trabalho de campo científico, de que as áreas úmidas são uma solução poderosa e econômica para as mudanças climáticas. A Wetlands International apela aos países para que incluam as áreas úmidas como elemento focal em seus NDCs, para assim, colher a recompensa de uma “vitória tripla”: redução das emissões de carbono, emissões futuras evitadas e sistemas resilientes e biodiversos de água e terra. Tudo isso é necessário como base para uma sociedade próspera e saudável.

Nota para os editores 

  • Para nosso envolvimento geral e declarações sobre a COP26, clique aqui. clique aqui.
  • Para obter as informações mais recentes sobre o estado das turfeiras e sobre o nosso histórico, clique aqui.
    (A Wetlands International é co-organizadora do ‘Peatlands Pavilion’, o Pavilhão das Turfeiras no local da COP)

[1] https://bwsr.state.mn.us/carbon-sequestration-wetlands
[2] https://www.iucn.org/resources/issues-briefs/peatlands-and-climate-change
[3] Novo relatório mostra desaceleração nas perdas dos manguezais fornecendo uma “última melhor chance” de ação global para proteger as florestas costeireiras – Wetlands International
[4] IPCC_AR6_WGI_Full_Report_smaller.pdf
[5] https://www.jstor.org/stable/24818142
[6] https://www.ramsar.org/sites/default/files/documents/library/wetlands_sdgs_e.pdf

Especialistas da Wetlands International presentes na conferência: 

Jane Madgwick, CEO, abordando os temas: as áreas úmidas, água, mitigação e adaptação, Artigo 6 e carbono azul
Femke Tonneijck, abordando o artigo 6 e os mercados de carbono
Chris Baker, abordando as áreas úmidas e água
Hans Schutten, abordando as áreas úmidas, mitigação de turfeiras e adaptação

Para falar com qualquer um de nossos especialistas, entre em contato com:

(Na primeira semana)
Arin de Hoog, assessoria de comunicação, [email protected], +31 646 197 329
(Na segunda semana)
Julien Anseau, executivo jurídico e de comunicação, [email protected], +65 9233 8270