Iniciativa AquaREla Pantanal é destaque em Seminário sobre restauração de áreas degradas  

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A Iniciativa AquaREla Pantanal foi destaque durante o II Seminário Recuperação de áreas Degradadas no Pantanal, realizado no Bioparque Pantanal, em Campo Grande, nesta semana. O evento reuniu estudiosos e pesquisadores do bioma, equipes governamentais, e também representantes de empresas privadas comprometidas com o reflorestamento em suas áreas de atuação. 

Duas apresentações trouxeram resultados dos estudos e ações da Iniciativa AquaREla Pantanal desenvolvidas no âmbito do projeto «Recuperação de Florestas Ribeirinhas Pantaneiras:beneficiando  água, solo, peixes e população do entorno da RPPN Sesc Pantanal». A vice coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas (INAU) e docente do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade da UFMT, Profa. Dra. Cátia Nunes da Cunha, abordou o tema «Restauração de Florestas Tropicais Inundadas: Aplicação do Conceito de Macrohabitats – Uma Abordagem Pioneira no Pantanal».  

Cátia que também é coordenadora técnico-científica da AquaREla Pantanal falou sobre os esforços em recuperar áreas úmidas do bioma desde 2020. «A restauração visa revitalizar ambientes degradados. Iniciamos com estudos de uso e ocupação de matas ciliares, seguindo para projetos de restauração de florestas ribeirinhas. Incluímos os pantaneiros em todas as etapas, buscando restaurar a biodiversidade ausente. O mapeamento de Macrohabitats foi nosso diferencial para orientar a recuperação de áreas úmidas», afirmou ela. 

Em sequência, Jaçanan Eloisa de Freitas Milani, também da INAU/UFMT, abordou o tema «Monitoramento sob a Ótica de Assegurar a Resiliência», apresentando fotos e registros in loco comparando o estado do ambiente com cenas do fogo e atuais.  

A conservação e recuperação das áreas degradadas do bioma passam pela produção de mudas nativas do Pantanal, que envolvendo as comunidades pantaneiras de Capão do Angico, em Poconé (MT), e de São Pedro de Joselândia, em Barão do Melgaço (MT). Ao mesmo tempo em que gera renda e fortalecimento para as comunidades, a AquaREla Pantanal tem restaurado áreas atingidas pelos incêndios, principalmente de 2020. 

Em Campo Grande 

Ainda na Capital Sul-mato-grossense, a equipe técnica-científica reuniu-se com a coordenação do Programa Corredor Azul e da Iniciativa AquaREla Pantanal para alinhamento e planejamento para 2024, consolidando a visão de longo prazo para a manutenção da vida no Bioma. Essa união estratégica reforça o compromisso das instituições envolvidas em impulsionar iniciativas significativas para a conservação desse Bioma único. 

“A Iniciativa AquaREla Pantanal se destaca como um exemplo notável de esforços conjuntos em prol da restauração e manutenção dos ecossistemas, mostrando que a colaboração entre comunidades locais, instituições científicas, setor privado e organizações não governamentais é essencial para o sucesso de projetos de grande escala”, avaliou Áurea Garcia, Diretora Geral da Mupan – Mulheres em Ação no Pantanal e coordenadora de Políticas da Wetlands International Brasil. 

Sobre a AquaREla 

A Iniciativa é um trabalho construído no coletivo que envolve a Mupan – Mulheres em Ação no Pantanal, a Wetlands International Brasil, o Centro de Pesquisa do Pantanal (CPP), o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Áreas Úmidas (INAU/UFMT) e o Polo Socioambiental Sesc Pantanal. 

Esta Iniciativa resulta de uma série de ações rigorosas e projetos anteriores que alcançaram ótimos resultados e foram coordenados por importantes instituições parceiras na sua execução. Ações da AquaREla Pantanal são desenvolvidas no âmbito do projeto “Recuperação de Florestas Ribeirinhas Pantaneiras: beneficiando água, solo, peixes e populações do entorno da RPPN Sesc Pantanal” e do Programa Corredor Azul da Wetlands International, que conta com a importante participação das comunidades da região para a produção de mudas e plantios nas áreas de restauração do Pantanal.  

 A AquaREla Pantanal é financiada pelo: 1) Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) por meio do Projeto Estratégias de Conservação, Recuperação e Manejo para a Biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal (GEF Terrestre), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com as agências Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como implementador e o Fundo Brasileiro de Biodiversidade (FUNBIO) como executor; 2) DoB Ecology via Programa Corredor Azul da Wetlands International.